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14 de out. de 2013

O CELULAR NA ARQUITETURA E ENGENHARIA

O CELULAR NA ARQUITETURA E ENGENHARIA
Fiquei impressionado numa obra quando vi os pedreiros programando seus celulares. Eles põem músicas, põem créditos, jogam, mas não sabem Pitágoras, tabuada, nem ler plantas.


Habilidade é algo curioso, como inteligências múltiplas. Bernard Shaw disse que não entendia nada de números, nem fazendo a prova dos nove tinha certeza do resultado, mas sobre o idioma que escrevia só ia ao dicionário quando precisava de um terceiro ou quarto sinônimo.


O mundo é cheio de inutilidades as quais abandonamos por não ver sentido algum, mas estranho não são as escolhas que o inconsciente faz, que tornam mais fáceis isso que chamamos de habilidades, estranho são as inabilidades com o trabalho que se escolhe.


Um escritor tem que conhecer e gostar das palavras, ninguém pode ajudá-lo nessa tarefa. Difícil imaginar um livro escrito por quem detesta a escrita.Da mesma forma trabalhar numa obra, seja pedreiro, marceneiro, armador, serralheiro, é preciso conhecer um pouco mais que a aritmética básica que serve à maioria (inclusive ao escritor), mas não ao profissional da construção. 

E o que se vê é algo muito diferente -- estão lá porque lá estão... e de um jeito ou de outro são os que constroem, que destroem.


Mal remunerados que são, jogam dinheiro fora que não veem. Falta escola, claro, mas fico pensando se aprender a usar nível, esquadro e prumo, um pouco de tabuada, que é o básico na engenharia e arquitetura, não teria um jeito de vir disfarçado num joguinho qualquer de um Celular.




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