Arquitetura sempre refletiu o seu tempo, ou imitou o passado, ou inventou o futuro, mas obras civis, diferentemente das outras manifestações humanas, talvez exceto a música, literalmente envolvem os homens do início ao fim da sua existência.
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3 de jun. de 2014
BLUE JASMINE - FILME
Desde MACH POINT nunca mais vi um filme de Woody Allen que não fosse só um filme a mais.
O que quis fazer em CRISTINA BARCELONA acho que nem ele sabe.
MEIA NOITE EM PARIS foi uma grande ideia que faltou alguma coisa, e foi como tantos só um filme a mais.
Mas em Blue Jasmine, roteiro praticamente sem suas piadas tradicionais, W.Allen parece que saiu da adolescência, não apenas pela seriedade do tema, que se esconde da fantasia e entra numa realidade que todos conhecem de perto, como por ter escolhido atores que enganaram tão bem, que saem da tela como se pudéssemos apalpar.
Cate Blanchett, como a socialite inútil, casada com o empresário milionário, que a trai e vai a falência, perde o ar que respira. Sem dinheiro, desequilibrada mentalmente, vai morar com a meia irmã pobre, que a venera. Difícil e melhor interpretação que fez na vida.
O filme não tem vencedores, nem heróis, bem ao contrário, e algumas coisas me fizeram lembrar de Nelson Rodrigues.
Todos que concorreram ao Oscar (não vale o Melhor Filme Estrangeiro, que também é escolhido por outras pessoas), disparado, este é o que vai ficar, o que não é um filme a mais.
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