bilhete só de ida
O mundo corporativo nos obriga
a comprar e comprar, quem não participa vai sendo posto de escanteio. Já não se
consegue mais ativar um Cartão de Crédito pelo telefone fixo, nossa voz é
suspeita de fraude, o número do telefone fixo pode ter sido garfado, e para o
banco eu posso não ser eu.
Preencher um formulário de
identificação pela net, pode só funcionar se tivermos um Celular para receber
um SMS e dar continuidade na operação.
Na Idade Média, para se entrar
num feudo, primeiro vinha sozinho o identificador para que pudessem abaixar a
ponte elevada para os demais. Os Condomínios atuais substituíram as pontes
elevadiças por clausuras vigiadas por porteiros e câmaras, até que nos
identifiquem, mas estas, já se mostram falhas e estão sendo substituídas por
sistemas de identificação à distância, sem porteiros.
Automóveis estão sendo testados
sem motoristas, há estudos para que aviões possam fazer vôos intercontinentais
sem pilotos, e em certas regiões drones já fazem entregas.
O que é o homem, esse que caminha
pra não sair do lugar (sic), cuja identificação eletrônica é mais aceitável que
sua presença fisica?
Esse bípede falante, que aceita viver cercado de
Regras que julga inteligentes, inventadas pela ganância sem limites de filósofos
do tecnicismo, tecnocratas que comandam corporações,
políticos que dirigem países -, possivelmente nem perceba que estão excluindo
o humano do ser ‘humano’, e tudo indica
que nesse trem só há bilhetes “one way”.
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