Páginas

Translate

21 de fev. de 2016

bilhete só de ida


O mundo corporativo nos obriga a comprar e comprar, quem não participa vai sendo posto de escanteio. Já não se consegue mais ativar um Cartão de Crédito pelo telefone fixo, nossa voz é suspeita de fraude, o número do telefone fixo pode ter sido garfado, e para o banco eu posso não ser eu. 


Preencher um formulário de identificação pela net, pode só funcionar se tivermos um Celular para receber um SMS e dar continuidade na operação.


Na Idade Média, para se entrar num feudo, primeiro vinha sozinho o identificador para que pudessem abaixar a ponte elevada para os demais. Os Condomínios atuais substituíram as pontes elevadiças por clausuras vigiadas por porteiros e câmaras, até que nos identifiquem, mas estas, já se mostram falhas e estão sendo substituídas por sistemas de identificação à distância, sem porteiros.


Automóveis estão sendo testados sem motoristas, há estudos para que aviões possam fazer vôos intercontinentais sem pilotos, e em certas regiões drones já fazem entregas.


O que é o homem, esse que caminha pra não sair do lugar (sic), cuja identificação eletrônica é mais aceitável que sua presença fisica?


Esse bípede falante, que aceita viver cercado de Regras que julga inteligentes, inventadas pela ganância sem limites de filósofos do tecnicismo,  tecnocratas que comandam corporações, políticos que dirigem países -, possivelmente nem perceba que estão excluindo o humano do ser ‘humano’, e  tudo indica que nesse trem só há bilhetes “one way”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário